Dê-me.

Me dê de presente uma poesia cantada e uma palavra inventada, beijos nos olhos e abraços imersos de carinhos. Dê-me.

Sonhei. II

Se viam sempre, ao menos em meus sonhos já era a segunda vez em que me apareciam. Sempre em um local que eu não consigo identificar. Uma casa, sim, uma casa. Mas a porta estava sempre trancada e os dois sempre na varanda. Nos dois sonhos, me pareciam muito felizes, ao menos durante o sonho. Ele a puxava pra dançar, ali mesmo, no "quintal" e embaixo do sol, a ensinava truques mas ela se perdia, me pareceu desastrada demais pra isso tudo, mas topava e ele adorava isso, ria e sorria ao olhar nos olhos dela. Ela não disse, mas também adorava. Riam de qualquer coisa, cantavam, brincavam, implicavam um com o outro. Eram felizes. Ele não cansava de falar o quanto ela ficava mais linda ainda quando ficava sem graça. "Você é linda, você é linda, você é linda, preta!" - Ele repetia.
E eu sonhava.

Vida - Fé, Amor, Saudade.

Quando Deus quiser tua companhia lá em cima, ele vai te levar, sereno, calmo e cheinho de sabedoria. E ninguém sabe quando isso vai acontecer, daqui a anos, daqui a minutos... Quem escreve nossa história é Ele. Quanto tempo perdemos fazendo, dizendo, pensando coisas fú(inú)teis, quantas vezes os pensamentos negativos tomam conta de nós e nos deixamos levar por eles? Não está certo. Quando formos 'embora' o que fica de nós aqui são as recordações que as pessoas ao nosso redor manterão, o legado que nós deixamos a elas. Somos tão pequeninos no meio de tanta grandeza, tão metidos a sabichões e na verdade não sabemos absolutamente nada. Só o cara lá de cima, Ele sim. Deus dá caminhos, ajuda, te mantem em pé quando tu já estais exausto de tanto lutar, mas Ele não te deixa desistir, sopra forte no teu ouvido palavras de incentivo. É preciso Fé. É preciso Amor.
Vida. Palavra sonora, forte. Uma esmeralda preciosa que nem sempre a valorizamos como deveria de ser, às vezes é preciso até levar um 'susto' pra ter a percepção de que se perdemos essa, quando teremos outra? Se vida é substantivo de viver, quando é que vamos colocar isto em prática? Deixar de só existir, ser só mais um corpo na Terra e sim se tornar, de fato, uma vida?
Na teoria todos nós sabemos disso, mas aula teórica é aula chata. Vamos começar a colocar em prática, porque ninguém tem conhecimento de quantos dias mais teremos.
Sorte daquele que consegue em vida transmitir tanta coisa positiva e tanto amor que na morte deixa o sentimento nobre chamado saudade.

Aos Pais. Aos Meus Pais.

Eu convoco a todos que façamos um brinde a eles: Aos nossos primeiros professores, nossos pais.
Pois como todos aqui sabemos, educar um filho é a primeira lição que todo pai e toda mãe devem aprender, sem manual, sem faculdade. Simplesmente devem executar essa difícil e duradoura missão.
São vocês, os que primeiramente nos preparam pra vida, cada um com seu jeitinho, mas que nos ensinam o certo e o errado, desde não colocar o dedinho na tomada, até dizerem: "Vá em frente, filho, estou ao seu lado."
Pais que investiram em nós, que se dedicaram a cada tarefa pra serem o melhor a todo instante e conseguiram. Mesmo que no momento, nós não tenhamos reconhecido isto, que tenhamos batido o pé, vocês sabem que conseguiram. Aqui estamos nós.
Parte de uma batalha está completa, a outra parte está por vir. Vocês costumam dizer: "Estamos orgulhosos de você!" Mas pera aí, quem têm que sentir orgulho somos nós. Orgulho de VOCÊS! Se não fossem vocês, será que hoje, dia 11, estaríamos aqui, na nossa formatura? Tenho certeza que não!
Vocês nos preparam para voar. Nos dão asas e cuidam delas, nos dão força, coragem, incentivo pra chegar no último instante e nos impulsionar pra cima, pra que consigamos pegar uma boa altura, sem perder o nosso equilíbrio e que consigamos, enfim, voar.
Eu voo! Mas são de vocês as minhas asas.
Obrigada.

Daí.

Daí eu choro.
Daí eu choro e fico rouca.
Daí eu choro, fico rouca e sem palavras.
Daí eu choro, fico rouca, sem palavras e choro mais.
Daí eu choro, fico rouca, sem palavras, choro mais e durmo.

Observação. III

Estou me aplaudindo de pé.

Pequeno Jogo de Palavras.

Ventania que brinca de ventar o vento que leva você a inventar no tempo, que te traz novamente ao vento dos mares que, com calma, invade os lares para afastar os tornados que os Deuses mandam afim de deixar você transtornado.
Não se avexe, o vento que venta ai, venta cá! Traz de lá uma imensidão de sorrisos longos, pra falar pra ti de um amor mais brando, onde cada um têm o teu querer e mesmo sem querer, confundem-se em cada resposta de um porquê.